ARQUEOSOFIA
– Redescobrindo a História –
Porque Arqueosofia? Entre a Assiriologia e os estudos Helênicos há uma divisão que dificulta a observação do fenômeno histórico. Nos aparece, ainda, uma Grécia milagrosa e um oriente ultrapassado. Essa aparência é irreal e distorce o discurso histórico. Podemos então, com a Arqueosofia, vislumbrar um milagre, não o grego, mas o mesopotâmico.
Milagre Mesopotâmico: momento onde os contatos entre o oriente e o ocidente resultaram num acréscimo de continuidades técnicas e artísticas que deixaram vestígios arqueológicos. Esses contatos aparecem através do estudo da iconografia dos vasos gregos, nas pinturas, nos desenhos. Este estudo encontra contatos nos relevos assírios.
Por que Assíria? No século VII a.C. a Assíria é o centro do poder do mundo antigo. Portanto, toda a periferia, e a Grécia é parte dessa periferia, apresenta relações de alguma forma com esse poder centrar. Não nos parece interessante a hipótese de ignorância desses primeiros gregos, ou dos grupos que depois formarão a Grécia, onde o mais importante para nossa pesquisa são os Jônios. Eles não só estavam muito atentos em relação ao poder mesopotâmico dos assírios como são até mesmo citados nos tabletes cuneiformes assírios. Estes primeiros gregos são não letrados, e entram na história escrita nos tabletes cuneiformes assírios.
Textos
Algumas tabelas, textos e livros importantes, já publicados e novos textos introdutórios.
2012
Mestrado: Anfora de Apolo
Estudo sobre a cerâmica Pariana e os contatos com a Assíria. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-05062012-133937/pt-br.php
1997
Palavra Acadiano Fenício Grego Latim Etrusco
Árvore iṣu עץ (etz) δένδρον (dendron) arbor ar
Flor ṣillu פרח (perach) ἄνθος (anthos) flos flur
Folha ṣillu עלה (aleh) φύλλον (phyllon) folium fol
Raiz šēru שורש (shoresh) ῥίζα (rhiza) radix ras
Fruto šamru פרי (peri) καρπός (karpos) fructus fruc
Semente zēru זרע (zera) σπέρμα (sperma) semen sem
Grama ṣillu דשא (deshe) χόρτος (chortos) herba her
Montanha šadû הר (har) ὄρος (oros) mons mun
Rio nāru נהר (nahar) ποταμός (potamos) flumen flum
Lago ḫālu אגם (agam) λίμνη (limnē) lacus lac
Mar tâmtu ים (yam) θάλασσα (thalassa) mare mar
Oceano tâmtu rabû אוקיינוס (okyanos) ὠκεανός (ōkeanos) oceanus oce
Ilha nēru אי (i) νῆσος (nēsos) insula ins
Deserto ṣēru מדבר (midbar) ἔρημος (erēmos) desertum des
Floresta ṣillu יער (ya’ar) δρυμός (drymos) silva sil
Campo eqlu שדה (sadeh) ἀγρός (agros) campus cam
Rocha abnu סלע (sela) πέτρα (petra) saxum sax
Areia ṣēru חול (chol) ἄμμος (ammos) arena aren
Terra erṣetu אדמה (adamah) γῆ (gē) terra ter
Céu šamû שמים (shamayim) οὐρανός (ouranos) caelum cae
Estrela kakkabu כוכב (kokhav) ἀστήρ (astēr) stella stel
Sol šamaš שמש (shamash) ἥλιος (hēlios) sol usil
Lua sîn ירח (yareach) σελήνη (selēnē) luna lunc
Vento šāru רוח (ruach) ἄνεμος (anemos) ventus ven
Chuva zunnu גשם (geshem) βροχή (brochē) pluvia plu
Neve šūru שלג (sheleg) χιών (chiōn) nix nix
Gelo kurummu קרח (kerach) πάγος (pagos) glacies gla
Fogo išātu אש (esh) πῦρ (pyr) ignis pur
Relâmpago birqu ברק (barak) ἀστραπή (astrapē) fulgur ful
Trovão ramānu רעם (ra’am) βροντή (brontē) tonitrus ton
Nuvem abnu ענן (anan) νεφέλη (nephelē) nubes nub
Arco-íris qeshet קשת (qeshet) ἶρις (iris) arcus arc
Maré tâmtu גאות (ge’ut) παλίρροια (palirrhoia) aestus aes
Onda nūnu גל (gal) κύμα (kyma) unda und
Fonte māmu מעיין (ma’ayan) πηγή (pēgē) fons fon
Cachoeira nāru מפל (mapal) καταρράκτης (katarraktēs) cataracta cat
Vulcão šadû הר געש (har ga’ash) ἔκρηξις (ekrēxis) vulcanus vul
Planície eqlu מישור (mishor) πεδίον (pedion) planities pla
Vale ḫālu עמק (emek) κοιλάδα (koilada) vallis val
Penhasco abnu צוק (tsuk) κρημνός (krēmnós) rupes rup
Caverna ḫālu מערה (me’arah) σπήλαιον (spēlaion) spelunca spe
Gruta ḫālu מערה (me’arah) ἄντρον (antron) antrum ant
Ilha nēru אי (i) νῆσος (nēsos) insula ins
Península nēru חצי אי (chatzi i) χερσόνησος (chersonēsos) paeninsula pae
Recife abnu שונית (shunit) ὕφαλος (hyphalos) scopulus sco
Floresta tropical ṣillu יער גשם (ya’ar geshem) τροπικό δάσος (tropiko dasos) silva tropica sil tro
Palavra | Acadiano | Fenício | Grego | Latim | Etrusco |
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Árvore | iṣu | עץ (etz) | δένδρον (dendron) | arbor | ar |
Flor | ṣillu | פרח (perach) | ἄνθος (anthos) | flos | flur |
Folha | ṣillu | עלה (aleh) | φύλλον (phyllon) | folium | fol |
Raiz | šēru | שורש (shoresh) | ῥίζα (rhiza) | radix | ras |
Fruto | šamru | פרי (peri) | καρπός (karpos) | fructus | fruc |
Semente | zēru | זרע (zera) | σπέρμα (sperma) | semen | sem |
Grama | ṣillu | דשא (deshe) | χόρτος (chortos) | herba | her |
Montanha | šadû | הר (har) | ὄρος (oros) | mons | mun |
Rio | nāru | נהר (nahar) | ποταμός (potamos) | flumen | flum |
Lago | ḫālu | אגם (agam) | λίμνη (limnē) | lacus | lac |
Mar | tâmtu | ים (yam) | θάλασσα (thalassa) | mare | mar |
Oceano | tâmtu rabû | אוקיינוס (okyanos) | ὠκεανός (ōkeanos) | oceanus | oce |
Ilha | nēru | אי (i) | νῆσος (nēsos) | insula | ins |
Deserto | ṣēru | מדבר (midbar) | ἔρημος (erēmos) | desertum | des |
Floresta | ṣillu | יער (ya’ar) | δρυμός (drymos) | silva | sil |
Campo | eqlu | שדה (sadeh) | ἀγρός (agros) | campus | cam |
Rocha | abnu | סלע (sela) | πέτρα (petra) | saxum | sax |
Areia | ṣēru | חול (chol) | ἄμμος (ammos) | arena | aren |
Terra | erṣetu | אדמה (adamah) | γῆ (gē) | terra | ter |
Céu | šamû | שמים (shamayim) | οὐρανός (ouranos) | caelum | cae |
Estrela | kakkabu | כוכב (kokhav) | ἀστήρ (astēr) | stella | stel |
Sol | šamaš | שמש (shamash) | ἥλιος (hēlios) | sol | usil |
Lua | sîn | ירח (yareach) | σελήνη (selēnē) | luna | lunc |
Vento | šāru | רוח (ruach) | ἄνεμος (anemos) | ventus | ven |
Chuva | zunnu | גשם (geshem) | βροχή (brochē) | pluvia | plu |
Neve | šūru | שלג (sheleg) | χιών (chiōn) | nix | nix |
Gelo | kurummu | קרח (kerach) | πάγος (pagos) | glacies | gla |
Fogo | išātu | אש (esh) | πῦρ (pyr) | ignis | pur |
Relâmpago | birqu | ברק (barak) | ἀστραπή (astrapē) | fulgur | ful |
Trovão | ramānu | רעם (ra’am) | βροντή (brontē) | tonitrus | ton |
Nuvem | abnu | ענן (anan) | νεφέλη (nephelē) | nubes | nub |
Arco-íris | qeshet | קשת (qeshet) | ἶρις (iris) | arcus | arc |
Maré | tâmtu | גאות (ge’ut) | παλίρροια (palirrhoia) | aestus | aes |
Onda | nūnu | גל (gal) | κύμα (kyma) | unda | und |
Fonte | māmu | מעיין (ma’ayan) | πηγή (pēgē) | fons | fon |
Cachoeira | nāru | מפל (mapal) | καταρράκτης (katarraktēs) | cataracta | cat |
Vulcão | šadû | הר געש (har ga’ash) | ἔκρηξις (ekrēxis) | vulcanus | vul |
Planície | eqlu | מישור (mishor) | πεδίον (pedion) | planities | pla |
Vale | ḫālu | עמק (emek) | κοιλάδα (koilada) | vallis | val |
Penhasco | abnu | צוק (tsuk) | κρημνός (krēmnós) | rupes | rup |
Caverna | ḫālu | מערה (me’arah) | σπήλαιον (spēlaion) | spelunca | spe |
Gruta | ḫālu | מערה (me’arah) | ἄντρον (antron) | antrum | ant |
Ilha | nēru | אי (i) | νῆσος (nēsos) | insula | ins |
Península | nēru | חצי אי (chatzi i) | χερσόνησος (chersonēsos) | paeninsula | pae |
Recife | abnu | שונית (shunit) | ὕφαλος (hyphalos) | scopulus | sco |
Floresta tropical | ṣillu | יער גשם (ya’ar geshem) | τροπικό δάσος (tropiko dasos) | silva tropica | sil tro |
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Pré-Socráticos & Mesopotâmia. Introdução básica.
Os filósofos pré-socráticos, que viveram na Grécia Antiga antes de Sócrates, foram pioneiros na busca por explicações racionais para os fenômenos naturais. A Mesopotâmia, conhecida como a “terra entre rios”, foi o berço de várias civilizações antigas que contribuíram significativamente para o desenvolvimento do conhecimento humano. Este trabalho explora as relações entre os pré-socráticos e a Mesopotâmia, com base em fatos históricos e descobertas arqueológicas.
Contato com Civilizações Mesopotâmicas: Os gregos antigos, incluindo os pré-socráticos, tiveram contato com as civilizações mesopotâmicas através do comércio e da navegação. Este contato facilitou a troca de ideias e conhecimentos, especialmente nas áreas de astronomia, matemática e escrita.
Astronomia e Matemática: A Mesopotâmia foi uma das primeiras regiões a desenvolver a astronomia e a matemática. Os babilônios, por exemplo, criaram um sistema numérico sexagesimal e tabelas astronômicas detalhadas. Filósofos pré-socráticos como Tales de Mileto e Anaximandro foram influenciados por esses conhecimentos ao desenvolverem suas próprias teorias cosmológicas.
Escrita e Registro de Conhecimentos: A escrita cuneiforme, desenvolvida pelos sumérios na Mesopotâmia, permitiu o registro de conhecimentos científicos e filosóficos2. Este método de registro influenciou os gregos a adotarem a escrita para documentar suas próprias descobertas e teorias.
Descobertas Arqueológicas
Tabuletas de Argila: Escavações arqueológicas na Mesopotâmia revelaram tabuletas de argila com registros astronômicos e matemáticos que datam de milhares de anos antes de Cristo. Estas tabuletas mostram a sofisticação do conhecimento mesopotâmico e sua possível influência sobre os pré-socráticos.
Templos e Observatórios: Ruínas de templos e observatórios na Mesopotâmia indicam que os antigos mesopotâmicos tinham um profundo interesse pelo estudo dos astros. Este interesse pode ter sido transmitido aos gregos através de contatos culturais e comerciais.
Teorias de Walter Burkert
Walter Burkert, um renomado historiador da religião e filólogo clássico, argumenta que os pré-socráticos foram influenciados pelas tradições religiosas e mitológicas da Mesopotâmia. Burkert sugere que muitos dos conceitos filosóficos dos pré-socráticos, como a ideia de um cosmos ordenado, podem ter raízes nas cosmologias mesopotâmicas. Ele também destaca a importância dos rituais e mitos mesopotâmicos na formação das primeiras ideias filosóficas gregas. Teorias de Martin West
Martin West, um destacado classicista e estudioso da literatura grega, também explorou as conexões entre a Grécia Antiga e a Mesopotâmia. West argumenta que os gregos antigos, incluindo os pré-socráticos, foram fortemente influenciados pelas tradições literárias e científicas da Mesopotâmia. Ele aponta para a transmissão de conhecimentos astronômicos e matemáticos através de textos e contatos culturais, que ajudaram a moldar o pensamento filosófico dos pré-socráticos.Conclusão
As relações entre os pré-socráticos e a Mesopotâmia são evidentes através de influências culturais e intelectuais, bem como descobertas arqueológicas. O contato entre essas duas regiões facilitou a troca de conhecimentos que contribuíram para o desenvolvimento da filosofia e da ciência na Grécia Antiga. Através da análise de fatos históricos e evidências arqueológicas, podemos compreender melhor como essas civilizações antigas interagiram e influenciaram umas às outras.
Water Burkert
Revolução Orientalizante
A expansão da Assíria para este conjunto heterogêneo de cidades, reinos e centros tribais a partir do século IX trouxe mudanças dinâmicas de proporções históricas mundiais. Para os assírios, também, a busca por matérias-primas, particularmente metais, parece ter sido uma força motriz. De qualquer forma, Assur construiu o exército mais forte da época, empregou-o em incursões cada vez mais distantes com exigências implacáveis de submissão e tributo, e assim fundou a primeira potência mundial. Assurnasirpal (884-858) e Salmanaser III (858-824) lideraram os primeiros avanços bem-sucedidos para a Síria; em 877, um exército assírio estava nas margens do Mediterrâneo pela primeira vez. Em 841, Tiro e Sidon foram forçadas a pagar tributo, e em 834 também foi Tarsos na Cilícia. As cidades-estado hititas foram obrigadas a seguir o exemplo ou foram destruídas. Os gregos devem ter estado cientes desse poder oriental, pelo menos em Chipre, porque foi por volta dessa época, cerca de 850, que os fenícios de Tiro estavam se estabelecendo em Chipre; Kition tornou-se uma cidade fenícia. A colonização fenícia também estava alcançando o extremo oeste: 814 é a data tradicional para a fundação de Cartago.Após Salmanaser, as forças assírias não apareceram no Mediterrâneo por um tempo. Durante esse período, os comerciantes gregos chegaram pela primeira vez à Síria. Comerciantes gregos estavam presentes em Al Mina, no estuário do Orontes, desde o final do século IX; de lá, as conexões alcançaram o norte da Síria, Urartu e ao longo da rota de caravana mais curta até a Mesopotâmia. Aproximadamente no mesmo período, os gregos estavam presentes em Tarsos e um pouco mais tarde em Tell Sukas. Também há achados gregos de Rash-aI-Basid (Poseidonia), Tell Tainat, Tiro e Hama. As conexões vão para a vizinha Chipre, mas acima de tudo para Eubeia, onde escavações em Lefkandi trouxeram à luz relíquias de uma comunidade relativamente próspera nos séculos X e IX, que estava aberta ao comércio com o Oriente. No século VIII, Eretria junto com Chalkis atingiu seu auge; mas Atenas também não era negligenciável. De Chalkis, os gregos alcançaram o oeste ainda antes do meio do século VIII, como pode ser visto no assentamento de comerciantes e artesãos descoberto em Pithekoussai (Ischia). Aqui, também, o comércio de minérios era crucial, acima de tudo com os etruscos; a rota fenícia via Chipre para Cartago e depois para a Sardenha teve que competir com a dos gregos de Eubeia via Ítaca para Pithekoussai. É em conexão com essas rotas que os primeiros exemplos de escrita grega aparecem, em Eubeia, Naxos, Pithekoussai e Atenas. Nomes de lugares como Soloi, “lingotes de metal” – atestados tanto na Cilícia quanto em Chipre, Chalkis, “casa do bronze”, e Tarshish, “fundição”, marcam os interesses econômicos, assim como aquele verso da Odisseia que tem Mentes de Tafos viajando para o exterior para negociar bronze com uma carga de ferro. O renovado e mais forte avanço dos assírios começou sob Tiglate-Pileser III (745-727), que esmagou o poder de Urartu, fez vassalos de Tiro e Biblos, e ancorou permanentemente as forças assírias no oeste. Foi em seu tempo, logo após 738, que um relatório menciona pela primeira vez os jônios – ou seja, os gregos; um oficial está relatando um contra-ataque na Síria: “Os jônios vieram. Eles atacaram… as cidades… [N. N. os perseguiu?] em seus navios… no meio do mar.” Há muito tempo é motivo de comentário e discussão que os orientais passaram a chamar os gregos de jônios, Jawan em hebraico, Junan em árabe e turco. A forma assíria é Iawan(u) ou, com uma mudança interna de consoantes, Iaman(u); no texto citado acima, a designação é “(país) Ia-u-na-a·a” – ou seja, Iatmaia. Foi estabelecido que este não é o nome de Chipre, que os assírios de fato chamavam de Iadnana. Os gregos em Chipre nunca se chamaram de jônios. No entanto, uma referência por volta do meio do século VIII dificilmente pode ser aos jônios da Ásia Menor, a Mileto ou Éfeso. Aqueles jônios que vieram pelo mar e encontraram os assírios devem ter sido gregos de Eubeia, Atenas ou ambos, como sugerem as evidências arqueológicas e a disseminação da escrita – não excluindo ilhas como Samos ou Naxos. Esta conclusão é confirmada pela Ilíada: na única passagem em que os jônios são mencionados, eles estão lutando ao lado dos locrianos opuntianos, e os atenienses são destacados imediatamente após eles. Claramente, tribos vizinhas são mencionadas; é apropriado que os jônios de Eubeia sejam colocados entre os opuntianos e os atenienses. A Assíria atingiu o auge de seu poder sob Sargão II (722-705). Não apenas os pequenos estados hititas de Carquemis e Zincidi, mas também a Cilícia tornaram-se províncias da Assíria. Em 708, os reis de Chipre, incluindo os das cidades gregas como Salamina e Pafos, prestaram homenagem a Sargão. Em Kition, Sargão deixou uma estela atestando seus feitos. Mas se o usurpador Iamani de Asdode, que foi expulso por Sargão em 711, era “o jônio”, como seu nome sugeriria, tem sido disputado; e a visão comum de que Mita, rei dos “Mushki”, que prestou homenagem a Sargão em 709, era o rei Midas da Frígia, celebrado pelos gregos, e, portanto, que os assírios estavam em contato com um grande reino frígio no século VIII, parece não ser mais sustentável. Senaqueribe (705-681) reprimiu uma revolta em Tarsos em 696. De acordo com relatos gregos transmitidos por Berossos, os gregos lutaram contra os assírios no mar e foram derrotados. Até mesmo Al Mina foi destruída por volta de 700, mas foi quase imediatamente reconstruída. No geral, os numerosos incidentes violentos e catástrofes não destruíram as conexões Leste-Oeste, mas as intensificaram, talvez porque agora fluxos de refugiados estavam se misturando com os comerciantes. De qualquer forma, importações orientais e imitações domésticas delas aparecem cada vez mais na Grécia por volta de 700, e um pouco mais tarde na Etrúria. Por então, a escrita cuneiforme é encontrada em Tarsos ao lado de cerâmicas de Rodes, Samos e Corinto. Em Chipre, o período de dominação assíria é também uma época marcadamente “homérica”. Esarhaddon (681-669) também tratou os reis de Chipre como seus subordinados. Seu sucessor Assurbanipal (669-629), o mais esplêndido rei de Nínive, perdurou para sempre na memória dos gregos como “Sardanapalo”. Esarhaddon e Assurbanipal lutaram contra os cimérios na Ásia Menor, assim como os gregos. Mas os centros de gravidade estavam mudando naquela época. Sidon, bem conhecida pelos gregos como um centro de comércio fenício, foi totalmente destruída pelos assírios em 677. No entanto, em 663, o rei Psamético conseguiu entrincheirar suas forças no Egito e finalmente se livrar do jugo assírio. Com o recrutamento de mercenários gregos em seu serviço, o Egito tornou-se mais importante do ponto de vista dos gregos do que as cidades arruinadas da Síria. Quase ao mesmo tempo, o rei Giges, em sua luta contra os cimérios, fundou o reino dos lídios com seu centro em Sardes e estabeleceu contato direto com a Assíria em 665. Assim, a “Estrada Real” foi aberta, levando de Sardes ao Oriente. Foi isso, acima de tudo, que trouxe os jônios em contato direto com o comércio oriental, e assim garantiu a rápida ascensão dos jônios da Ásia Menor. Enquanto isso, em Eubeia, Chalkis e Eretria perderam suas forças na guerra Lelantina, tendo sido superadas no comércio ocidental pela ascensão de Corinto, que colonizou Corcira no século VIII. Nesse contexto de inter-relações mutáveis, a cultura grega ganhou supremacia e eclipsou a influência orientalizante.
Walter Burkert – Orientalizing Revolution
The expansion of Assyria into this heterogeneous assemblage of cities, kingdoms, and tribal centers from the ninth century onwards brought dynamic change of world-historical proportions. For the Assyrians, too, the search for raw materials, particularly metals, seems to have been a driving force. In any event, Assur built up the strongest army of the time, employed it in increasingly far-reaching raids with ruthless demands for submission and tribute, and thus founded the first world power. Ashurnasirpal (884-858) and Shalmaneser III (858-824) led the first successful advances to Syria; in 877 an Assyrian army stood on the shores of the Mediterranean for the first time. In 841, Tyre and Sidon were forced to pay tribute, and in 834 so was Tarsos in Cilicia. The Hittite city-states were forced to follow suit or were destroyed. The Greeks must have been aware of this eastern power, at least on Cyprus, because it was around this time, about 850, that Phoenicians from Tyre were settling on Cyprus; Kition became a Phoenician city. Phoenician colonization was also reaching beyond to the far West: 814 is the traditional date for the founding of Carthage. After Shalmaneser, Assyrian forces did not appear on the Mediterranean for a while. During this period, Greek traders first reached Syria. Greek merchants were present in Al Mina on the Orontes estuary from the end of the ninth century; from there, the connections reached to North Syria, to Urartu, and along the shortest caravan route to Mesopotamia. In approximately the same period, the Greeks were in evidence at Tarsos and somewhat later at Tell Sukas. There are also Greek finds from Rash-aI-Basid (Poseidonia), Tell Tainat, Tyre, and Hama. Connections go to nearby Cyprus, but above all to Euboea, where excavations at Lefkandi have brought to light relics of a relatively affluent community in the tenth and ninth centuries which was open to trade with the East. In the eighth century, Eretria along with Chalkis reached its peak; but Athens was not negligible either. From Chalkis, the Greeks reached the West even before the middle of the eighth century, as can be seen from the settlement of traders and craftsmen discovered at Pithekoussai (Ischia). Here, too, the trade in ores was crucial, above all with the Etruscans; the Phoenician route via Cyprus to Carthage and then to Sardinia had to compete with that of the Greeks from Euboea via Ithaca to Pithekoussai. It is in connection with these routes that the first examples of Greek script appear, in Euboea, Naxos, Pithekoussai, and Athens. Place-names like Soloi, “metal ingots” -attested both in Cilicia and on Cyprus, Chalkis, “bronze-home,” and Tarshish, “foundry,” mark the economic interests, as does that verse of the Odyssey which has the Taphian Mentes traveling overseas to trade for bronze with a cargo of iron. The renewed and strongest advance of the Assyrians began under Tiglath-pileser III (745-727), who crushed the power of Urartu, made vassals of Tyre and Byblos, and permanently anchored the Assyrian forces in the West. It was in his time, shortly after 738, that a report first mentions Ionians—that is, Greeks; an officer is reporting a counterattack on Syria: “The Ionians came. They attacked … the cities … [N. N. pursued them?] in his ships … in the middle of the sea.” It has long been a matter of comment and discussion that the easterners came to call the Greeks Ionians, Jawan in Hebrew, Junan in Arabic and Turkish. The Assyrian form is Iawan(u) or, with an internal change of consonants, Iaman(u); in the text quoted above the designation is “(country) Ia-u-na-a·a”—that is, Iatmaia. It has been established that this is not the name of Cyprus, which the Assyrians in fact called Iadnana. Greeks on Cyprus never called themselves Ionians. Nevertheless, a reference around the middle of the eighth century can hardly be to Ionians from Asia Minor either, to Miletos or Ephesos. Those Ionians coming by sea who encountered the Assyrians must rather have been Greeks from Euboea, Athens, or both, as the archaeological evidence and the spread of writing suggest—not excluding islands such as Samos or Naxos. This conclusion is confirmed by the Iliad: In the one passage in which Ionians are referred to, they are fighting alongside the Opuntian Lokrians, and the Athenians are given prominence immediately after them. Clearly, neighboring tribes are referred to; it is appropriate that Ionians from Euboea should be placed between the Opuntians and the Athenians. Assyria reached the height of its power under Sargon II (722-705). Not only the small Hittite states of Carchemish and Zincidi, but also Cilicia became provinces of Assyria. In 708, the kings of Cyprus, including those of Greek cities such as Salamis and Paphos, paid homage to Sargon. In Kition, Sargon left a stele attesting his deeds. But whether the usurper Iamani of Ashdod, who was driven out by Sargon in 711, was “the Ionian,” as his name would suggest, has been disputed; and the common view that Mita, king of the “Mushki,” who paid homage to Sargon in 709, was king Midas of Phrygia, celebrated by the Greeks, and hence that the Assyrians were in contact with a great Phrygian kingdom in the eighth century, seems no longer tenable. Sennacherib (705-681) put down an uprising in Tarsos in 696. According to Greek accounts transmitted by Berossos, the Greeks fought the Assyrians at sea and were defeated. Even Al Mina was destroyed around 700, but was almost immediately rebuilt anew. On the whole, the numerous violent incidents and catastrophes did not destroy East-West connections, but rather intensified them, perhaps because now streams of refugees were mingling with the traders. In any event, oriental imports and domestic imitations of them appear more and more in Greece around 700, and a little later in Etruria. By then, cuneiform writing is found in Tarsos alongside ceramics from Rhodes, Samos, and Corinth. On Cyprus, the period of Assyrian domination is also a markedly “Homeric” epoch. Esarhaddon (681-669) also treated the kings of Cyprus as his underlings. His successor Ashurbanipal (669-629), the most splendid king of Nineveh, endured forever in the memory of the Greeks as “Sardanapallos.” Esarhaddon and Ashurbanipal fought the Cimmerians in Asia Minor, as did the Greeks. But the centers of gravity were shifting by then. Sidon, well known to the Greeks as a center of Phoenician trade, was totally destroyed by the Assyrians in 677. By 663, however, King Psammetichus had been able to entrench his forces in Egypt and to shake off the Assyrian yoke at last. With the enrollment of Greek mercenaries into his service, Egypt became more important from the Greeks’ point of view than the ruined cities of Syria. At nearly the same time, King Gyges, in his struggle against the Cimmerians, had founded the kingdom of the Lydians with its center in Sardis and established direct contact with Assyria by 665. Thus the “Royal Road” was opened up which led from Sardis to the East. It was this above all which brought Ionians into direct contact with the eastern trade, and thus ensured the rapid rise of the Ionians of Asia Minor. Meanwhile, on Euboea, Chalkis and Eretria lost their forces in the Lelantine war, having been outstripped in the western trade by the rise of Corinth, which colonized Kerkyra in the eighth century. In this network of changing interrelations, Greek culture gained supremacy and eclipsed the orientalizing influence.
Curiosidade do Livro IV de Herodoto da editora Gredos, pag. 328, nota 207: “El nombre de Europa (que aparece por vez primera en el Himno homérico a Apolo 250-251, donde se emplea
refiriéndolo al continente griego por oposición al Peloponeso
y a las islas) puede proceder del asirio irib, «poniente», o del
arameo ereb, «tarde».
Other scholars have argued that the origin for the name Europe is to be found in the Semitic Akkadian language that was spoken in ancient Mesopotamia. They point to the Akkadian word erebu, meaning “sunset,” and reason that, from the Mesopotamian perspective, the western-setting sun descended on Europe. As a corollary, they cite the Akkadian word for sunrise, asu, from which they believe the name Asia is derived. From a Mesopotamian ground zero, the eastern-rising sun would have ascended from Asia. https://www.britannica.com/story/where-does-the-name-europe-come-from
em uma pesquisa que se prolonga pra além da academia, qualquer contribuição é muito valiosa.